quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Amor Livre

Oi para você! Sou Satya. Um mestre Zen, ou um Zé ninguém. Não importa realmente.

Eu to aqui para falar de uma forma totalmente nova de se relacionar com outras pessoas. De forma múltipla e profunda. Ao contrario do padrão antigo: superficial e monogâmico. Ou pior, uma prisão, onde normalmente uma das partes cava um túnel por debaixo das muralhas para aprontar e dissimular um pouco.

Ao invés disso que tal imaginar-se de braços abertos no alto de uma montanha, celebrando o por do sol, cheio de amor e gratidão, cercado de amigos e amigas, sorridentes e cheios de amor uns pelos outros. Íntimos, profundamente íntimos. Após partilharem sonhos, corpos e anseios? Amar e ser amado, correr o delicioso risco de se expor a muitas pessoas de uma única vez!

Amar e encantar ao extremo, de sentir o prazer no nível total?

Deixar para trás o antigo medo de se relacionar de forma livre! Do julgamento, da culpa por ser livre e feliz! Abandonar a prisão de uma falsa segurança, que muitas vezes acaba acorrentando a uma relação estéril e frágil, sem vitalidade e cumplicidade, onde temos de reprimir a si e ao outro, se escondendo de nossos desejos para manter uma ilusão.

Nossa intuição grita por isso, pelo abraço grande. Pelo grupo unido e íntimo. Que partilha à tudo livremente, sem critica, julgamento ou exigências.  É o medo que barra.

Medo de não ser aceito, de ser excluído, deixado de lado, não ser amado, ser revelado uma farça, ou de que será exigido a dar mais do que se sente capaz de oferecer... O medo é esse câncer que se contrapõe a abertura. É a contração que barra a expansão!

E o medo nos fecha. Nos torna famintos. Seres sedentos de atenção. E nossa sociedade de consumo, que nos faz olhar sempre pra fora, acaba por piorar as coisas! Pois além de carentes por estarmos fechados, ainda não cuidamos de nós mesmos, não nos nutrimos de nós, de ser.

Por isso eu te convido a ter coragem! Ame, e ame muito! Permita o outro, pare de temer a si mesmo. Se conheça e conheça o outro profundamente. Quem não deseja se conhecer, não quer conhecer o outro! Por isso que muitas relações monogâmicas são baseadas no medo, na prisão, na culpa. Um não conhece o outro e vivem no conflito! Não seria de se esperar algo diferente né? Quem só reprime a si mesmo, vai reprimir o outro que é seu espelho.

Uma relação de amor livre é diferente. Se não for, não seria livre... É baseada em um outro tipo de vinculo. Um vínculo que vem da partilha. De quem se completa sozinho. Se nutre de si mesmo(a). Que agora deseja partilhar e celebrar junto.

Cria uma sexualidade revolucionaria, madura. Depois de se trabalhar dentro, da limpeza interna, da libertação e auto conhecimento, surge a vontade de partilhar, de celebrar e doar. Não é mais uma fome que exige do outro, que cobra. Deixa de ser um; “resolva-me” para tornar-se um: “vamos dançar essa dança juntos? Celebrar?”.

Uma relação aberta pode ser um grande espaço de cura para quem ainda esta se libertando! Basta estar com outras pessoas que sejam libertas, ou a caminho de libertar-se.

Amor livre é abertura e expansão.

Amor é conexão.
Amor livre = Conexão livre.
Abertura!

Ser livre para criar vínculos autênticos e verdadeiro, sem medo. De compreender que todos somos únicos e que tudo lhe será dado e nada será negado. Que cada pessoa pode ser acrescida ao circulo, trazendo cada vez mais força e beleza!

Juntar-se vários corpos na cama, muitas mãos que se tocam e estimulam é delicioso, onde não há diferença, mas convergência. Gostos, cheiros e sorrisos, gracejos e beijos. Performance não significa nada, pois somos livres e plenos, celebrando juntos. A perda de confiança em si mesmo(a) já foi superada.

É varias mãos juntas criando deliciosas comidas, onde cada refeição é um banquete. A criatividade e gostos múltiplos criam comidas únicas e exóticas, sempre surpreendendo! Tocar, dançar e cantar é o ritmo diário de prazer e sorriso.

Realizar as tarefas de casa deixam de ser um fardo para ser uma brincadeira. Plantar a própria comida é leve e fácil, cuidar das crianças um prazer de todo o grupo e cada nova chegada é celebrada por todos como um filho só de muitos pais e mães.

Viver livremente. Amar livremente. Festejar livremente.

Livre de peso, livre de rótulos e coerência. Livre de certo ou errado.

Ser. Basta ser. Ser juntos.

Satya Dharma
Mestre Liberto

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